terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

ATIVIDADE DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO

Leia:
Lembranças do passado

Nasci na Itália e vim pequena para o Brasil. Meu pai era lavrador e trabalhou duro nas fazendas de café. Ganhava pouco, mas, com muita economia, conseguiu juntar dinheiro e mudamos para a cidade de São Paulo, em 1900. Foi uma emoção viajar naquele trem que soltava fagulhas pela chaminé!
Fomos morar em uma casa pequena, mas o quintal era enorme. Tinha horta; galinheiro; forno de barro para fazer pães e pizzas; duas cabras e um porco.
De tardezinha, a gente brincava na rua. Nem era preciso olhar para os lados, porque não tinha carros naquele tempo. Para ir de um lugar para outro, só a pé, a cavalo ou nos bondes puxados a burros.
Quando escurecia, passava o acendedor de lampiões, carregando uma vara comprida, com fogo na ponta, e, com ela, ia acendendo os bicos de gás dos postes. Quando a eletricidade chegou, muita coisa mudou. Os lampiões a gás foram substituídos pelas lâmpadas elétricas. Chegou o rádio e a família toda ficava ouvindo as notícias e as novelas. Chegou também o cinema, que, naquele tempo, tinha imagem, mas não tinha som. A inauguração dos bondes elétricos foi uma emoção. Todo mundo foi ver. Ele passou descendo a ladeira, e a molecada foi correndo atrás...
No fim de semana, a diversão preferida era o futebol. Foram os ingleses que trouxeram este esporte para o Brasil e todo mundo gostou. Cada bairro tinha seu time e muitos campinhos de futebol. Os rios eram tão limpos que neles a gente nadava e fazia competições de natação.
Os primeiros automóveis foram uma sensação. No começo eram poucos, mas foram aumentando e tomando conta da cidade. Os cheiros e barulhos mudaram.
A cidade foi mudando cada vez mais depressa e a vida da gente também. As novidades foram chegando: panelas de alumínio, geladeira, liquidificador, aspirador de pó, fogão a gás, objetos de plástico, roupas de náilon e, por fim, a melhor das novidades – a televisão. Mas quem era pobre só conseguiu comprar essas coisas depois que elas começaram a ser fabricadas no Brasil.
São Paulo foi crescendo sem parar. Dizem que é a cidade que mais depressa cresceu em todo o mundo, e isso era motivo de grande orgulho para os paulistas. [...]

Rosicler Martins Rodrigues. Cidades brasileiras: o passado e o presente. São Paulo: Moderna, 1992.
Questão 1 – Identifique o objetivo da autora ao escrever o texto “Lembranças do passado”:
a) destacar a necessidade da eletricidade.
b) criticar o crescimento desenfreado da cidade de São Paulo.
c) convencer às pessoas a visitarem a cidade de São Paulo.
d) estabelecer uma comparação entre o passado e o presente da cidade de São Paulo.

Questão 2 – Assinale a passagem em que a autora exprime um sentimento em relação ao fato narrado no texto:
a) “Foi uma emoção viajar naquele trem que soltava fagulhas pela chaminé!”
b) “Quando a eletricidade chegou, muita coisa mudou.”
c) “Chegou o rádio e a família toda ficava ouvindo as notícias e as novelas.”
d) “São Paulo foi crescendo sem parar.”

Questão 3 – No segmento “Meu pai era lavrador e trabalhou duro nas fazendas de café.”, o termo “duro” exprime:
a) o tempo com que o pai da autora trabalhava.
b) o modo com que o pai da autora trabalhava.
c) o lugar em que o pai da autora trabalhava.
d) a intensidade com que o pai da autora trabalhava.

Questão 4 – Na frase “Ganhava pouco, mas, com muita economia, conseguiu juntar dinheiro [...]”, os verbos grifados têm como sujeito:
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Questão 5 – No período “Fomos morar em uma casa pequena, mas o quintal era enorme.”, a conjunção “mas” indica:
a) um fato que justifica o outro.
b) um fato que compensa o outro.
c) um fato que complementa o outro.
d) um fato que é consequência do outro.

Questão 6 – Na oração “De tardezinha, a gente brincava na rua.”, o verbo “brincava” aponta para um acontecimento:
a) aparente na infância da autora do texto.
b) contínuo na infância da autora do texto.
c) hipotético na infância da autora do texto.
d) esporádico na infância da autora do texto.
Questão 7 – “Todo mundo foi ver”. A que a autora se refere?
a) aos lampiões a gás serem substituídos pelas lâmpadas elétricas.
b) às notícias e às novelas pelo rádio.
c) ao cinema que tinha imagem, mas ainda não tinha som.
d) à inauguração dos bondes elétricos.

Questão 8 – No segmento “No começo eram poucos, mas foram aumentando e tomando conta da cidade.”, a palavra “poucos” retoma:
a) “Os lampiões a gás”
b) “os bondes elétricos”
c) “os rios”
d) “os automóveis”

Questão 9 – No período “Nem era preciso olhar para os lados, porque não tinha carros naquele tempo.”, o vocábulo “porque” tem o sentido de:
a) porém
b) pois
c) mas também
d) embora

Questão 10 – Em “As novidades foram chegando: panelas de alumínio, geladeira, liquidificador, aspirador de pó [...]”, as vírgulas separam:
a) apostos.
b) orações intercaladas.
c) elementos coordenados.
d) oração coordenadas.

Questão 11 – “Para ir de um lugar para outro, só a pé, a cavalo ou nos bondes puxados a burros”. Explique a ausência da crase antes das palavras que indicam os meios de locomoção:
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Questão 12 – Na construção do texto, a autora utiliza uma linguagem:
a) científica
b) literária
c) didática
d) jornalística

1 d 2 a 3 b 4 (o pai da personagem principal)  5 b 6 b 7 d 8 d 9 b 10 a 11 (não ocorre crase antes de substantivos masculinos)  12 b 

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